Volta às aulas!
13 de fevereiro de 2019Suicídio na juventude e adolescência é sinal de alerta
11 de março de 2019Neste final de semana fomos tomados de dor pelo conhecimento de mais um menino de 17 anos que tirou a própria a vida. Assim que recebemos a notícia começamos os questionamentos. O que leva um adolescente com inúmeras possibilidades fazer isso com sua vida? Que dor é essa que nem pais, nem psicólogos ou psiquiatras estão dando conta de resolver? O que fazer para ajudar? Estamos fazendo algo errado para esta geração? A culpa é da tecnologia? Seria dos pais? Seria essas relações líquidas? Seria a falta de pertencimento? É a pressão do vestibular? Será que só conseguimos perceber essa dor quando esse jovem atenta contra a própria vida? Será…Será…
São muitas as perguntas e nenhuma resposta. Os adolescentes e jovens se veem perdidos em meio há um mundo de mudanças muito rápidas, onde não se pode perder nenhuma novidade e acompanhá-las em tempo real é algo que tem exigido muito desses seres que ainda estão em formação física, emocional e neuronal.
Os adolescentes têm muitas opções na vida, mas nesta geração o suicídio passou a ser uma opção também. É a opção para se curar uma dor que, nós, adultos não estamos conseguindo acessar e nem ajudá-los. Isso se torna uma dor na sociedade, pois está se tornando um problema social, onde a solução não passará somente pelos consultórios de psicólogos e psiquiatras, mas pelo pátio da escola, nas salas de aulas, nas mesas de refeição em casa, no almoço na casa da avó.
Precisamos falar mais sobre isso, principalmente, com os adolescentes e jovens. Eles precisam ser ouvidos. Ser ouvidos significa deixarmos nossos preconceitos, crenças e mesmo aquilo que vivemos, pois os tempos mudaram. Precisamos dar voz a esses que sofrem, sem dizer: que isso é errado, ou frescura, ou que você é fraco ou no meu tempo…A dor é real e eles estão usando um mecanismo definitivo para se livrar de uma dor temporária. Não invalide, nem desqualifiquem a dor de seu filho, ele pode estar pedindo socorro.
Precisamos estar atentos aos nossos filhos, pois alguns apesar de estarem sofrendo se revestem de uma couraça, na qual não transpomos e não acessamos, o que piora mais ainda, pois o tratamento pode não chegar para esse adolescente. Reconheça a dor, a angustia, a ansiedade, os medos, as inseguranças que o filho possa ter e, principalmente, se coloque como uma pessoa que ele possa confiar e contar, que você o ama, independente de quem ele seja ou será e que ele pertença ao principal grupo da sociedade, sua própria família.
Comentários