Dia das Crianças diferente! Quem topa?
10 de outubro de 2016Desafio de ser Mãe
12 de maio de 2017O objetivo do Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado em 21 de março, é conscientizar sobre a importância da luta pelos direitos igualitários, o bem-estar e a inclusão na sociedade.
Para cada 700 bebês que nascem no Brasil, um nasce com Down. Estima-se que exista uma população de 300 mil pessoas com a síndrome no país.
Normalmente, os pais quando ficam grávidos criam uma imagem de futuro para seus filhos, imaginam brincando, falando, correndo, entre outras coisas. Com o diagnóstico que o bebê terá uma deficiência, tudo muda, e isso gera uma carga contraditória de emoções. Todos se perguntam: o que será dele? O que ele fará ou não fará? Até onde ele conseguirá ir? Sobreviverá? Como? E isso tudo vem acompanhado de muita ansiedade, o que não deixa de ser compreensível e natural.
A primeira emoção dessa notícia é como se o mundo desabasse sobre a cabeça dos pais. É um misto de desânimo e culpa. Sim, há pais que se culpam pela deficiência do filho, principalmente, as mães. Essas são reações normais. Leva tempo para aprender a lidar com essas emoções e se adaptar à nova situação, e uma das formas para resolver isso é aprender sobre a Síndrome. Isso diminui a angustia e a ansiedade, além de trazer mais aceitação.
Famílias, educadores, médicos, terapeutas e a sociedade em geral não sabem direito o que esses bebês, se submetidos desde cedo a programas de estimulação precoce e outros cuidados, são capazes de fazer, até onde eles podem chegar.
Como mãe e como pai busque aprender o máximo possível sobre a Síndrome, isso facilitará na ajuda a seu filho, bem como propiciará um maior desenvolvimento da criança.
Você pode aprender muito consultando profissionais da área de saúde, publicações confiáveis e associações específicas para os casos de Down. Pode-se comparar esse processo a aprender um novo idioma. No início é difícil, mas você consegue.
É importante, também, que a criança seja acompanhada por uma equipe multidisciplinar de médicos, psicopedagogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, entre outros profissionais. Isso fará com que ela tenha um desenvolvimento maior e melhor, pois a estimulação é fundamental.
Quanto mais informação tiver, maior será a possibilidade de a criança ter uma vida mais ativa e de conquistas. Hoje em dia há casos de mulheres com Down que têm filhos e esses nascem normais, sem nenhuma deficiência. Outros se casam, trabalham e moram sozinhos. Isso demonstra que quando há estímulo e incentivo, eles se desenvolvem.
Mas também é preciso prestar atenção aos outros membros da família. Ter um filho especial pode afetar o que a família come, aonde ela vai e quanto tempo os pais dedicam a cada um dos filhos. Em resultado, os outros filhos podem se sentir negligenciados. Além disso, os pais podem ficar tão ocupados cuidando do filho deficiente que o casamento sofre. Por isso, é importante que marido e mulher busquem momentos a sós, para recarregarem as energias.
Os pais também devem buscar outros pais que tenham filhos com Down para que possam dividir e compartilhar suas experiências, o que é muito válido.
Criar uma criança com Síndrome de Down não é um mar de rosas. Requer muito tempo, esforço e dedicação, bem como paciência e expectativas realistas. Enxergá-los como eles são, e não como os pais gostariam que fossem, é o primeiro caminho, entendendo as limitações, as dificuldades, e se alegrando com as conquistas. Caso os pais não aceitem as características que o filho apresenta, será ainda mais difícil a evolução da criança. Afinal de contas, toda criança precisa ser acolhida e amada para se desenvolver e se transformar.
Valéria Ribeiro – Coaching Familiar
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