E se você soubesse exatamente o que fazer para salvar o seu filho das Garras do Bullying ?
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15 de julho de 2016Quanto mais escutarmos os outros, mais eles nos escutarão (Marshall Rosenberg)
VOCÊ JÁ OUVIU FALAR DA LINGUAGEM DA GIRAFA?
Hoje vou falar do que aprendi sobre a Comunicação Não-Violenta ou a Linguagem da girafa, um jeito de explicar este termo complicado para as crianças, uma vez que a girafa é animal que tem o maior coração. Para fazer com que o sangue suba até a cabeça da girafa (a uma distância de mais de 2 metros), seu coração tem que ser 43 vezes mais forte do que o do ser humano.
A LINGUAGEM DO CORAÇÃO
Vamos falar da linguagem do coração, de uma forma de expressar nossos sentimentos com propriedade para que as nossas necessidades humanas universais (água, amor, conexão, confiança, respeito, autonomia, paz, dentre outras) sejam atendidas.
Quantas vezes em nossos relacionamentos com nossos filhos, esposas, maridos, pai, mãe ou até mesmo no ambiente de trabalho temos a sensação de que não fomos escutados da maneira como gostaríamos. Imagine que maravilha aprender uma linguagem que melhorasse a nossa comunicação, no sentido de expressar melhor nossos sentimentos e pedidos de forma clara e específica.
UM CURSO PARA APRENDER ESTA LINGUAGEM
Fiquei encantada com as palavras de Marshall Rosenberg, em seu livro “Comunicação Não-Violenta, técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. Os relatos de seus seminários, seus projetos de diálogo em situações de conflitos são incríveis. Tomei a decisão de fazer um curso de introdução sobre o tema, com os facilitadores Yuri Haasz e Sandra Caselato, durante um final de semana em São Paulo.
OS DESAFIOS
Os desafios logo surgiram:
– Mamãe eu quero muito que você vá a minha apresentação de trabalhos da escola.
Um pedido claro, específico, que estava ao meu alcance eu não poderia negar.
Avisei que chegaria mais tarde, saímos cedo, fomos para a escola do Lucas, os trabalhos estavam lindos e de lá pegamos a estrada para São Paulo, um percurso rápido mas que pareceu uma eternidade de tanto que o pequeno Antônio chorava no banco de trás. Já quase chegando no local do curso o pequenino adormeceu e a paz se instalou.
Ao chegar ao curso o encontro com uma querida amiga e a sensação de estar em “casa”.
UM EXERCÍCIO DE ESCUTA
Logo no primeiro exercício que fizemos de escuta com empatia, nos dividimos em duplas: uma pessoa deve falar por 2 minutos, enquanto a outra deve ouvir com atenção e depois tem 1 minuto para resumir o que ouviu e confirmar com a pessoa se é isto mesmo. O tema: uma dificuldade ou um desafio que você vivenciou recentemente.
Um exercício incrível por ser tão simples, a sensação de ser ouvida com atenção traz uma alegria enorme, sentimos uma conexão profunda com a pessoa, mesmo se acabamos de conhecê-la.
O exercício seguinte foi o de narrar uma história da qual você se orgulha.
O QUE É REALMENTE IMPORTANTE PARA NÓS
Claro que falei dos meninos, meus três lindos amores, do meu companheiro e da família que construímos. Tem também a Tese, o meu trabalho que gosto tanto de fazer, mas é possível perceber a conexão entre tudo o que estou vivendo, a família, os desafios e o que tem contribuído para que eu possa me realizar de forma plena e toda a nossa união no meio dos desafios vivenciados a cada dia, a cada momento.
Ao final, nós, em duplas, somos convidados a registrar em pequenos papéis uma palavra que resumisse o que é IMPORTANTE para a pessoa que contou a história.
As palavras foram colocadas no centro da sala formando uma grande mandala. E assim, depois de ter vivenciado a escuta com empatia, os facilitadores nos explicam o conceito de Necessidades Humanas Universais, a base da CNV.
NOSSAS NECESSIDADES HUMANAS UNIVERSAIS
Necessidades Humanas Universais vão desde as mais básicas de sobrevivência: água, ar, comida, saúde até as mais elaboradas como as que trazem sentido à nossa vida, como: beleza, propósito, gratidão, felicidade, conexão. Todos precisamos de tudo: subsistência, proteção, descanso, interdependência, entendimento, compaixão, autonomia, diversão e sentido.
Assim como todos nós compartilhamos nossos mais básicos sentimentos: Alegria, Medo, Raiva, Tristeza, afinal é isso que nos Torna HUMANOS!
EXERCÍCIO DE (AUTO) EMPATIA
O exercício seguinte foi associar um FATO do nosso dia a dia aos pensamentos, sentimentos e necessidades que despertam em nós, por exemplo: O meu filho que está na “adolescência da infância” tem me desafiado com uma frase do tipo “Você não manda em mim”, do alto dos seus seis anos. É claro que isso gera em mim um pensamento negativo do tipo: “quem ele pensa que é para falar assim comigo”, “que menino atrevido” e junto vem os sentimentos de raiva, irritação, falta de paciência. No entanto, a medida que vamos caminhando mais profundamente no exercício, percebo que há nesta fala uma NECESSIDADE de conexão, de compreensão, de amor. Desta forma, posso ajudá-lo a elaborar um PEDIDO claro para que juntos possamos criar mais espaços de brincadeira, mais tempo comigo para reforçar a Minha presença e aumentar a nossa conexão.
UM PEDIDO CLARO
Nossos filhos querem sempre uma Conexão, querem estar próximos de nós, assim como nós também queremos manter viva esta ligação tão forte que nos une. E para isso precisamos nos expressar de forma genuína, para garantir que nossas necessidades sejam ditas, falando de nossos sentimentos, suspendendo os julgamentos e com Pedidos Claros e específicos para que o outro possa compreender.
Assim construiremos relações de maior conexão com as pessoas e seremos ouvidos ao expressar nossas necessidades, que por serem humanas e universais, podem ser entendidas e compreendidas por quem nos ouve.
Deixo aqui o vídeo de Marshall B. Rosenberg, criador da CNV sobre a linguagem da girafa no relacionamento entre Pai e Filho
E para saber mais Procure:
Yuri Haasz e Sandra Caselato – Facilitadores CNV no Brasil em www.sinergiacomunicativa.com.br
E Você Já experimentou uma Comunicação Não – Violenta?
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Abraço,
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